Déficit de químicos cresce 51,8%, em 2021, para recorde de US$ 46,2 bi, diz Abiquim

“O Brasil tem domínio técnico e expertise empresarial de produção de diversos itens que poderiam ter sua capacidade instalada aumentada ou voltarem a ser fabricados no país, diminuindo a dependência externa em várias cadeias produtivas”, diz, em nota, o presidente-executivo da Abiquim, Ciro Marino.

Ele cita que a medida provisória editada no último dia de 2021, com extinção imediata do Regime Especial da Indústria Química (Reiq), “cria um ambiente de insuportável insegurança jurídica, uma vez que o Congresso Nacional aprovou, em meados do ano passado, a manutenção do Reiq até 2025”.

As importações de produtos químicos também foram recordes no ano passado — US$ 60,7 bilhões, o equivalente a 60,5 milhões de toneladas, com expansões de 46,7% e 17,4%, respectivamente.

Nos últimos anos, houve fortes aumentos de importações de produtos químicos orgânicos e para o agronegócio. Em relação à origem, o maior crescimento foi o dos produtos vindos da Ásia, excluído o Oriente Médio.

Em 2021, as exportações de produtos químicos tiveram alta de 32,3%, para US$ 14,5 bilhões. A Abiquim destaca a elevação de 18,7% dos preços médios e a retomada dos embarques aos países vizinhos, principalmente do Mercosul, muito impactados pela pandemia de covid-19.