Por Henrique Martin, g1


Compensa comprar um alto-falante conectado?

Compensa comprar um alto-falante conectado?

Amazon Alexa e Google Assistente funcionam como mordomos. Só que os pedidos – ou ordens – não são feitos para uma pessoa, mas para um assistente virtual, instalado em aplicativos de smartphones, alto-falantes conectados e TVs, entre outros eletrônicos.

Eles ajudantes ajudam a realizar tarefas, criar listas e lembretes, ativar outros aparelhos e até servem de interfone dentro de casa, tudo sem usar as mãos.

Basta falar e aguardar a resposta – ou não ter uma, dependendo da pergunta. Tem momentos que os assistentes digitais são meio enrolados mesmo.

Outros guias:

O g1 testou quatro modelos de caixas de som com wi-fi que fazem tudo isso e mais um pouco. Foram avaliados:

Veja a seguir como os "mordomos" se comportaram nos testes e leia a conclusão.

Amazon Echo e Amazon Echo Dot com Relógio: alto-falantes inteligentes com Alexa — Foto: g1

A Alexa fala português desde 2019, quando a Amazon lançou o serviço no Brasil.

Os alto-falantes que a recebem compõem a linha de produtos Echo, que tem mais de 12 aparelhos compatíveis. Eles vão dos mais básicos, como o Echo Dot, aos modelos mais avançados, como o Echo Show 15, que tem uma tela de 15 polegadas e pode ser pendurado na parede.

O teste foi realizado com os modelos Echo e Echo Dot com Relógio da 4ª geração, com design arredondado. São da linha mais recente da Amazon.

Seus preços nas lojas on-line no início de fevereiro estavam na faixa de R$ 400 (Echo Dot com Relógio) e R$ 750 (Echo).

Amazon Echo — Foto: Divulgação

🛒 Onde comprar o produto:

Amazon Echo Dot com Relógio — Foto: Divulgação

🛒 Onde comprar o produto:

Capriche na pronúncia

Instalar o Echo ou o Echo Dot é uma tarefa simples. É preciso baixar o aplicativo Alexa no smartphone, (há versões para iPhone e Android), e seguir os passos na tela para cadastrar o dispositivo, conectá-lo à rede sem fios, definir um local na casa e dar os primeiros passos com a assistente.

O app Alexa traz recursos de comunicação, gerenciamento de dispositivos e reprodução de músicas/podcasts (pelo serviço Amazon Music, gratuito, ou outros streamings como Apple Music e Deezer, que podem ser vinculados).

Capriche na pronúncia para a ativação da assistente: "Alexa". Não adianta falar Alessa, Lessa, Lexa ou outro nome... porque ela não vai responder.

Não gosta do nome? É possível, pelo app, trocar a palavra de ativação para "Amazon" ou "Echo".

De qualquer forma, o seu pedido precisa necessariamente começar com esse nome, não adianta inverter a ordem: tem que ser "Alexa, toque Beatles", e não "Toque Beatles, Alexia".

Talvez esse seja o principal desafio para crianças pequenas ou idosos entenderem o produto e como ele funciona, mas é fácil pegar o jeito de conversar.

Echo X Echo Dot

Um ponto interessante é que, após instalar o Amazon Echo na sala, o Echo Dot com Relógio já foi identificado pelo aplicativo de forma automática e instalado com menos passos no escritório.

O design dos dois aparelhos é muito similar: uma bola com uma base iluminada e botões no topo – para controlar o volume, ativar a Alexa sem usar a voz e para deixar o microfone mudo, o que faz com que a base passe a ter iluminação vermelha.

Ambos têm conectividade Bluetooth, para usar como caixa de som para smartphones, e contam com um conector padrão P2 – o mesmo dos fones de ouvido – para ligar outros aparelhos pelo cabo.

Com os dois Echo configurados, uma função muito boa é a "Todo Lugar" — que distribui a música pela casa nos diferentes ambientes, com uma configuração simples. E, caso tenha dois Echo ou Echo Dot no mesmo ambiente, é possível "parear" as duas para reproduzir músicas em estéreo.

Outra boa dica é usar os Echo como interfone, com o recurso Drop-in. Com contatos cadastrados, é possível fazer chamadas para outros ambientes da casa ou até mesmo para familiares e amigos que tenham um dispositivo com Alexa em casa.

A diferença principal entre Echo e Echo Dot com Relógio é o tamanho: 10cm de diâmetro no modelo mais básico, 14,4 cm no maior.

O Echo Dot com Relógio, como o nome diz, traz um relógio digital na parte frontal – para evitar que seu dono pergunte à Alexa que horas são. É um produto com cara de rádio-relógio, para colocar na cabeceira da cama ou na mesa do escritório.

Já o Echo, além de maior e sem relógio digital, traz uma tecnologia adicional que é importante para a casa conectada mais avançada.

O alto-falante usa o padrão Zigbee para se tornar uma central para o lar inteligente, o que é um diferencial em relação aos Google Nest.

Esse padrão de transmissão sem fios é usado por lâmpadas, fechaduras digitais, interruptores e outros sensores e dispositivos compatíveis. A maioria das lâmpadas com wi-fi requer um aplicativo do fabricante para configuração e instalação.

Já uma lâmpada com Zigbee, por exemplo, é detectada de forma automática pelo aplicativo da Alexa, sem precisar do app do fabricante. Mas vale ressaltar que uma lâmpada conectada "comum" pode custar menos de R$ 100 e uma com Zigbee, em torno dos R$ 250.

Google Nest Audio e Nest Mini: alto-falantes com Google Assistente — Foto: g1

O Google Assistente fala português desde 2017, quando sua versão para smartphones Android foi lançada pela empresa no Brasil.

E, apesar da sua presença em todo celular com Android, sua versão "alto-falante conectado" só chegou por aqui em 2019, um mês depois da Alexa, com o lançamento do Google Nest Mini, um dos modelos do teste junto ao Google Nest Audio.

Nas lojas on-line, o Nest Mini custava R$ 250, em média, no começo de fevereiro. O Nest Audio estava na faixa dos R$ 600. Eles são os únicos alto-falantes conectados vendidos pelo Google no Brasil.

Google Nest Audio — Foto: Divulgação

🛒 Onde comprar o produto:

Google Nest Mini — Foto: g1

🛒 Onde comprar o produto:

Instalar um Google Nest (qualquer um dos modelos) requer o aplicativo Google Home no celular, que existe na versão para Android e para iPhone.

O processo de configuração também é bastante simples e o app Home tem um visual mais de "central da casa", com os ambientes divididos por equipamentos conectados. E ele permite conectar contas de streaming do YouTube Music e do Spotify.

A frase de ativação pode ser o padrão "OK Google" ou "Hey Google", seguida do pedido.

A instalação do Google Nest Mini, após já ter o Nest Audio na casa, foi igualmente simples.

Nest Mini X Nest Audio

O design dos produtos do Google também parece um pouco mais sóbrio, feito para se esconder no ambiente.

O Nest Mini é um pequeno disco de 9,8 cm de diâmetro, que pode ser pendurado na parede. O Nest Audio tem um formato diferente, de travesseiro com cantos arredondados, e é maior, com 17,5 cm de altura.

Ambos contam com controle de volume em uma área sensível ao toque no topo dos aparelhos e um botão de deixar o microfone mudo, na parte traseira.

Ao acionar esse botão, o alto-falante vai comentar que o microfone está desligado. E a informação será repetida ao tocar, mesmo sem querer, no controle de volume.

Os alto-falantes do Google podem ser usados para manter o som ativado pela casa, caso tenha mais de um produto. Mas não têm recursos de conectividade Zigbee, como o Amazon Echo.

Uma funcionalidade muito boa é o Chromecast integrado. Com ele, é possível transmitir de qualquer smartphone músicas e áudios – seja de aplicativo de streaming ou YouTube, sem precisar se conectar ao Bluetooth.

Conclusões

NÃO SÃO CAIXAS PORTÁTEIS: apesar de terem Bluetooth para tocar músicas ou podcasts de smartphones, tablets e computadores, os alto-falantes inteligentes não têm bateria integrada – já que requerem conexão constante à internet.

Eles precisam estar ligados a uma tomada e, por isso, não podem ser usados em todo lugar, como as caixinhas Bluetooth populares em churrascos, praias e piscinas.

E A QUALIDADE DO SOM? Tamanho aqui importa: os modelos maiores (Amazon Echo e Google Nest Audio) têm uma qualidade de som melhor que os menores (Echo Dot com Relógio e Nest Mini), preenchendo melhor o ambiente e mostrando um áudio mais nítido e claro.

Os menores não são ruins, mas parece que foram feitos mais para serem usados como microfones conectados aos assistentes do que alto-falantes para ouvir música.

PARA A CASA CONECTADA: a grande parte dos produtos para casa inteligentelâmpadas, tomadas, TVs, interruptores, aspiradores-robô, entre outros – é capaz de se conectar ao mesmo tempo para serem comandadas tanto pela Alexa como pelo Google Assistente.

O teste em casa permitiu ligar o aspirador-robô e as lâmpadas wi-fi pelo Google e desligar pela Alexa, por exemplo. Mas não faz sentido ter as duas plataformas no mesmo ambiente.

QUEM É MAIS ESPERTO? A principal diferença no uso diário de Alexa e Google Assistente é o tempo de resposta e de como o "mordomo" entende a sua pergunta.

Com a Amazon, dá para falar a frase inteira sem parar e obter uma resposta rápida: "Alexa, acenda a luz da cozinha". Com o Google, nem sempre o alto-falante entende a frase completa e solta um "Desculpe, não entendi" ou até mesmo uma resposta aleatória.

Em um dos testes, a pergunta foi "Alexa, toque ruído branco" – aquele som para ajudar a dormir. E ela respondeu de forma correta. O Google entendeu "Mostrando resultados para a toca do branco na sua região", o que não faz o menor sentido em relação ao contexto.

Ao usar os alto-falantes, dizer "OK Google", esperar um pouco e completar a frase traz resultados mais precisos.

ELAS FAZEM PIADINHAS: tanto Google quanto Alexa costumam ser questionadas por coisas engraçadinhas, como contar piadas, cantar e até soltar pum – segundo a Amazon, esse pedido já foi feito mais de 1 milhão de vezes. Isso acaba sendo o centro da atenção para quem nunca viu esse tipo de aparelho.

VALE A PENA COMPRAR? sim, se a intenção for fazer delas um controle remoto para a casa digital e realizar tarefas sem usar as mãos – seja acender lâmpadas, pedir para ouvir um podcast ou ditar uma lista de tarefas.

Se for só pelo som ou pelo design, não compensa investir em um equipamento desses porque já dá para ter o recurso no seu smartphone.

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