Por g1 SP — São Paulo


Candidatos de concurso na entrada da Universidade Ibirapuera, após ouvirem estrondo em andar. — Foto: Arquivo pessoal

Candidatos de um concurso da Petrobras relataram que ouviram um forte estrondo neste domingo (20) antes do início da prova na Universidade Ibirapuera, na Avenida Interlagos, Zona Sul de São Paulo.

A Defesa Civil interditou parcialmente o prédio após o incidente, mas a prova não foi cancelada. Após a realização da vistoria, o órgão constatou que não havia "risco iminente", e orientou a universidade a tomar providências.

De acordo com o candidato Claudio Silva, o forte barulho foi ouvido por volta das 13h20, quando os inscritos começavam a entrar nas salas para início da prova.

"Ouvi o estrondo vindo de algum lugar do corredor. Quando olhei a sala ao lado vi as pessoas saindo e falando que tinha aberto uma rachadura na parede. Foi quando eu e outras pessoas decidimos sair para ver o que estava acontecendo e procurar orientações", disse o candidato ao g1.

Outras pessoas também relataram que sentiram o chão tremer. A Polícia Militar, os Bombeiros e a Defesa Civil foram acionados.

Segundo os Bombeiros, a corporação foi acionada às 13h40 para vistoriar a instituição, sem registro de vítimas.

Pessoas que estavam no local afirmam que a prova foi aplicada normalmente para os candidatos que estavam no primeiro e segundo andares do prédio. Já os candidatos que estavam no terceiro e quarto andares aguardaram por mais de uma hora dentro da sala até a liberação da Defesa Civil.

"Eu e outras pessoas decidimos sair e vir para a parte térrea, caso fosse um problema maior. Bem mais tarde, já tinha se passado mais de uma hora de prova, começaram a falar que seria liberado um local e que as pessoas teriam um pouco mais de tempo para terminar a prova", diz Claudio.

"Muitas pessoas deixaram de fazer a prova. Acabamos não fazendo a prova por não sentir confiança, com medo que pudesse acontecer algo pior. Uma das coisas que mais incomodou foi a falta de satisfação. Aqui tinha gente que veio de Minas Gerais, tinha gente com deficiência, tinha uma senhora grávida. E essas pessoas ficaram esperando."

Em nota, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) afirmou que "a Defesa Civil Municipal não encontrou sinais que indiquem risco estrutural iminente".

"Há no prédio algumas fissuras, mas sem risco, e há uma rachadura entre as salas 41 e 43, porém não é uma parede estrutural. Os "estalos" ouvidos decorreram da presença de pisos soltos e da quantidade de pessoas que estavam no interior do prédio. A direção da Universidade Ibirapuera foi orientada a executar os reparos com a maior brevidade possível", diz o texto.

Após estrondo e rachaduras em paredes, Defesa Civil interdita parcialmente universidade na Zona Sul de SP durante concurso

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A Universidade Ibirapura afirmou que "atividades administrativas e acadêmicas da instituição estão normalizadas, visto que não foram localizadas irregularidades pela defesa civil"

"O prédio da instituição possui estrutura metálica, o que faz com que, devido ao calor o metal dilate gerando ruídos. Reiteramos que a instituição dispõe de um engenheiro responsável pela sua manutenção e pela inspeção de todas as instalações. Durante o episódio, os bombeiros e a defesa civil foram acionados e realizaram inspeção minuciosa em toda a estrutura do prédio, não encontrando nada que apresentasse risco à segurança", disse a instituição.

A Petrobras afirmou que "não houve prejuízo aos candidatos".

"Imediatamente, o Corpo de Bombeiros foi acionado para a verificação da estrutura do prédio. A Corporação, por sua vez, identificou a necessidade de uma avaliação da Defesa Civil, que analisou o local e liberou, de imediato, os dois primeiros andares para iniciarem a realização das provas. O terceiro e quarto andares precisaram de uma avaliação mais detalhada, tendo em vista rachaduras nas paredes", diz o texto.

"Dessa análise, decorreu a interdição de 10 das 45 salas previstas para aplicação no terceiro e quarto andares do prédio. Assim, houve a reorganização dos candidatos nas salas restantes liberadas e, em seguida, foram iniciadas as provas. O atraso para o início das provas foi compensado ao final, a fim de que não houvesse prejuízo aos candidatos, não havendo, portanto, programação de nova data para o certame."

Candidatos de concurso aguardam orientação dentro de salas de aula após ouvirem estrondo em andar. — Foto: Arquivo pessoal

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