A Meta, dona do Facebook, disse que começou a ampliar as restrições de acesso aos veículos de comunicação controlados pelo governo da Rússia em seus serviços, limitando a visibilidade global da rede de televisão RT e da agência de notícias Sputnik.
“Estamos tornando-os mais difíceis de encontrar em nossas plataformas”, disse o presidente de assuntos globais da Meta, Nick Clegg.
Ao restringir o conteúdo da mídia estatal russa, a Meta disse que está reagindo aos pedidos do governo americano para combater a desinformação e a propaganda prejudicial que os usuários podem encontrar ao navegar pelo Facebook e Instagram.
Segundo Clegg, a política se aplicará ao conteúdo postado por páginas do Facebook e contas do Instagram, bem como publicações de quaisquer contas que incluam links de sites de mídia controlados pelo governo russo. A Meta também parou de recomendar esses conteúdos aos usuários.
Segundo a gigante de tecnologia, é o último passo para limitar o alcance da Rússia em sua plataforma após o país invadir a Ucrânia.
A União Europeia já suspendeu formalmente as licenças para as duas emissoras, sugerindo que elas são armas de propaganda do governo russo.
Na sexta-feira, a Rússia anunciou restrições de acesso ao Facebook no país — além do Twitter e YouTube —, dizendo que a plataforma de mídia social havia se movido para bloquear quatro meios de comunicação estatais.
Mais cedo, o YouTube, controlado pelo Google, também bloqueou o acesso aos veículos estatais russos.
As ações da Meta operam em queda de 2,5% na Nasdaq, em Nova York, cotadas acima de US$ 205. Nos últimos dias, a Meta opera nos menores níveis desde maio de 2020.