A AES Brasil teve prejuízo de R$ 34,8 milhões no quarto trimestre de 2021, revertendo lucro de R$ 602,6 milhões no mesmo período de 2020. Entre janeiro e dezembro do ano passado, o lucro acumulado foi de R$ 516,5 milhões, queda de 39,1%.
O resultado do último trimestre refletiu fatores como menor Ebitda, maior depreciação e amortização e menor despesa financeira líquida.
A receita líquida da companhia cresceu 37,5% no comparativo trimestral, para R$ 731,9 milhões. No acumulado do ano a receita cresceu 24,9%, para R$ 2,51 bilhões.
O Ebitda somou R$ 205,8 milhões entre outubro e dezembro, recuo de 82,4% no comparativo anual. Já o Ebitda de 2021 caiu 56,3%, para R$ 903,9 milhões.
O nível de alavancagem, medido pela razão entre a dívida líquida e o Ebitda, foi de 3,95 vezes ao final do trimestre passado, ante 1,53 vez em 2020.
As despesas operacionais cresceram 3%, para R$ 88,7 milhões, refletindo fatores como a inflação, o dissídio de R$ 10,5 milhões e os investimentos em tecnologia da informação, dentre outros.
A geração de caixa operacional no quarto trimestre de 2021 foi de R$ 250,3 milhões, alta de 61,1%.
Investimentos
A companhia divulgou as novas projeções de investimentos, que devem somar R$ 3,81 bilhões até 2026. Segundo a AES Brasil, o montante será direcionado à expansão de projetos já contratados e com plano de construção definido, e à modernização e manutenção de seus ativos em operação.
Para este ano, a companhia prevê investir R$ 2,78 bilhões, sendo R$ 2,03 bilhões no complexo eólico de Cajuína e R$ 615 milhões no complexo de Tucano. Outros R$ 135,1 milhões serão destinados à modernização e manutenção.
Em 2023, a companhia deve investir R$ 731 milhões, passando para R$ 111,2 milhões em 2024. Os investimentos da AES Brasil devem somar R$ 96,7 milhões em 2025 e R$ 61,6 milhões em 2026.