O custo da cesta básica, em janeiro, subiu nas 16 das 17 Capitais pesquisadas
pelo Dieese. Trata-se da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de
Alimentos.
Em Florianópolis, a cesta chegou a R$ 800,31. Depois vem São Paulo,
com R$ 793,39. No Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é
diferente, o menor valor médio se registrou em Aracaju: R$ 528,48.
Razão - Patrícia Costa, Supervisora de Preços
do Dieese, explica: “O aumento decorre de fatores climáticos que influenciaram
a alta de alguns produtos in natura (obtidos diretamente de plantas ou animais para
consumo)”. Mas há outros fatores. Segundo a economista, “há
ainda o fator demanda externa, que acaba impactando os preços”. Ela,
porém, não crê em tendência continuísta.
Entre os produtos que podem ter causado alta, a técnica aponta que “a
soja muitas vezes é a vilã, pois seu preço voltou a subir nas
Bolsas, o que deve ser passageiro.” A batata e outros produtos in natura também
subiram.
A supervisora do Dieese acredita nas políticas governamentais ao longo do
ano. “O Brasil está mudando sua política em relação
ao governo anterior", diz. Para Patrícia, “discutir os estoques
reguladores e a política nacional de abastecimento, são exemplos
positivos.”
Inflação - A economista não pensa que
o repique de preços eleve a inflação. “O alimento tem
peso no Índice Nacional de Preços ao Consumidor, mas creio em equilíbrio.”
Ela enxerga um 2024 promissor, “exceto por algo catastrófico que mude
o cenário”.
Mínimo - Em janeiro de 2024, o salário mínimo
subiu 6,97%. O tempo médio necessário à compra dos produtos
da cesta básica foi de 106 horas e meia. Em dezembro, a jornada ficou em 109
horas e três minutos. Em janeiro de 2023, 116 horas e 22 minutos.
MAIS - Site do Dieese.
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