Após oito meses de governo Lula e com Taxa Selic ainda alta, o clamor popular
crescer, defende Adilson Araújo, presidente da CTB.
É hora fortalecer a pressão pela saída do chefe do Banco Central,
órgão que decide o índice, por meio do Comitê de Política
Monetária. Segundo o dirigente, a o certo seria “levantar alto e bom
som a Campanha Fora Roberto Campos Neto!”
Quarta (20), o Copom reduziu em 0,5% a taxa Selic, agora em 12,75%. Campos Neto
foi nomeado por Bolsonaro e assumiu sob nova lei, de um BC independente.
Por sete meses, na gestão Lula, o BC manteve a Selic em 13,75%. Esse
índice contrastava claramente com a orientação do governo federal.
Para o cetebista, linha do presidente do BC vai na contramão do ciclo novo
que começou com a volta de Lula à Presidência. “A taxa
real, descontada a inflação, é de 6,68%. Uma agressão
à economia brasileira,” ele diz.
Campos Neto é criticado por entidades sindicais e empresariais, inclusive o
presidente Lula. Somente em agosto, o Copom inverteu a tendência e cortou a
Selic em 05%.
Para Adilson, bancário baiano, juros altos não ajudarão a
reverter a situação de cerca de 70 milhões de brasileiros
que ainda enfrentam insegurança alimentar.
A campanha pra trocar o presidente do BC vem acompanhada da ideia de redução
acelerada da Selic. Diz o dirigente: “Precisamos avançar nas ruas, ganhando
força”. Adilson nega que a pressão das Centrais só ocorra
nos dias de reunião do Copom. “A tentativa de aumentar a mobilização
popular integraa agenda contínua das Centrais, como os atos de rua,”
comenta.
A CTB, presidida por Adilson Araújo, representa cerca de 8 milhões de
trabalhadores.
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