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Ano XII • 3.952                 • 23/6/2023

 

GOVERNO - Antônio Augusto de Queiroz avalia relação Lula-Congresso e vê problemas

Analista aponta desafios para o governo avançar

Antônio Augusto de Queiroz, Toninho do Diap, conhece muito Brasília, os ritos do Congresso e STF, bem como as articulações que erguem ou derrubam projetos. Ele fez palestra recente sobre conjuntura, focada na relação governo-Congresso. Aqui, a síntese da síntese da fala.

 

CONTEXTO - “Lula herdou terra arrasada, demandas reprimidas, máquina pública destruída e Estado engessado pelo teto de gasto e outras restrições. Ele precisou governar antes mesmo da posse”.

 

INCLUSÃO - “O governo sempre deixou evidente o compromisso com a democracia, a justiça e os excluídos. Fez questão subir a rampa com uma mulher negra, um menino pobre da periferia, um indígena, um metalúrgico, um professor, uma cozinheira, um artesão e uma pessoa com deficiência, recebendo a faixa presidencial de uma negra, catadora de material”.

 

RELAÇÕES - “Dificuldade de relacionamento com o novo Congresso, que é neoliberal, do ponto de vista econômico; fiscalista, na gestão; à direita, na política; conservador, quanto a valores; e refratário aos direitos humanos e meio ambiente”.

 

DIREITA - “Em 2022, a maioria dos deputados renovou os mandatos. As vagas dos que perderam ou desistiram foram ocupadas por gente da direita e extrema-direita. Como Lula venceu com margem pequena de votos e elegeu base insuficiente pra aprovar sua agenda, passou a depender de coalizão, que inclui partidos que apoiaram os governos anteriores”.

 

DERROTAS - “Esse contexto propiciou derrotas como não-aprovação da MP que promovia a retomada do voto de qualidade no Carf, a retirada de pauta do PL das Fake News, além do susto na MP de reorganização da administração - MP dos Ministérios. Recado do Congresso: se não houver diálogo e calibragem nas propostas, haverá dificuldades. Persiste o problema do BC, que insiste em manter juros abusivos, dificultando a volta dos investimentos e empregos”.  

 

ARTICULAR - “Esse Congresso requer paciência, humildade, diálogo e muita articulação. O governo, ainda assim, conseguiu avançar pautas como a que reorganiza a máquina pública,  recriou espaços de diálogo, entre os quais o Conselhão,  renovou o Bolsa-Família, Minha Casa Minha Vida, Mais Médicos, Farmácia Popular, efetivou o Desenrola e aprovou igualdade salarial entre homens e mulheres, deu aumento real ao salário mínimo, reajustou Piso dos professores e implementou o Piso dos enfermeiros”.

 

QUADRO - “É nesse ambiente que os temas regulatórios, como o previdenciário, o trabalhista, ambiental e tributário, serão debatidos. Pontos que não dependerem do Congresso, o Executivo poderá tocar com relativa facilidade, por decretos, portarias ou resoluções de órgãos colegiados. Mas, no que depender do Congresso, terá que ter muita negociação”.

 

SUCESSO - “O sucesso do governo depende da aprovação pelo Congresso da agenda eleita, volta do crédito e investimentos, sem os quais dificilmente este mandato repetirá o sucesso dos primeiros, que combinaram crescimento econômico, menos desigualdades e controle das contas. Há sinais positivos na economia, mas é cedo pra projeções mais otimistas”.   

 

COMUNICAÇÃO - "Precisa haver melhoria na comunicação e coordenação política. O governo dispõe de ativo inigualável: o presidente Lula, com enorme poder de persuasão e negociação, imensa representatividade nas camadas mais pobres e sensível às necessidades do povo".
 

ÍNTEGRA - Leia texto completo no site da Agência Sindical.

 

 

Centrais debaterão Selic com Senado

Lideranças das Centrais Sindicais se reúnem  com Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, na próxima semana. Na pauta, a política do Banco Central, que insiste em manter a taxa de juros a 13,75%. Para Sergio Nobre, presidente da CUT, o índice é impraticável.

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"Subir às bases"

"Os delegados na empresa (quando existem) são expressões do coletivo sindical central; as próprias Cipas são limitadas sob esta ótica. Raros os Sindicatos que, ao realizar eleições, preveem um primeiro turno eleitoral para escolha da organização sindical nos grandes locais de trabalho." 

 

João Guilherme Vargas Netto. Consultor sindical de entidades de trabalhadores.

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Servidores gaúchos protestam na AL

Funcionalismo público do Rio Grande do Sul protestou quarta, 21, contra a decisão da Assembleia Legislativa de aprovar o reajuste nos valores do Plano de Saúde (IPE Saúde). Sistema atende cerca de 1 milhão de Servidores e seus dependentes.

Assista!
 

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