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O ChatGPT virou uma sensação e chegou às conversas de bar. Capaz de passar no exame do Bar (OAB), entrar em universidades da Ivy League, responder inúmeras questões de forma mais eficiente que o Google e até escrever essays elaborados, o troço espantou o mundo.

Os "ludistas" começam a temer pela destruição de empregos. A inteligência artificial vai substituir muita coisa, pelo visto. Em vez de pedir a alguém com elevado salário de datilógrafa para redigir uma "reportagem" sobre o terremoto turco, culpando o "aquecimento global", o ChatGPT pode simplesmente organizar em segundos o que há de mais confiável na internet sobre o assunto e cuspir uma matéria de quantos parágrafos o editor desejar.

Mas esse receio me parece exagerado. A humanidade sempre deu um jeito de criar novos empregos, de inovar, adaptar-se. Basta pensar quantas profissões existem hoje que eram inexistentes ou mesmo impensáveis décadas atrás. A tecnologia não costuma destruir empregos, mas sim criá-los, com mais riqueza geral.

Meu medo com o ChatGPT é outro: por trás da "inteligência artificial" há uma "ideologia artificial". Afinal de contas, alguém cria tais programas. Em que pese filmes de ficção que imaginam as máquinas tomando o controle, na verdade elas respondem logicamente a premissas imputadas por pessoas. E é aí que mora o perigo...

Muitos estão tratando o ChatGPT como objetivo, científico, mas ele não é nada disso. Da mesma forma que os "algoritmos" das redes sociais banem Trump enquanto preservam Maduro, pois seguem as preferências ideológicas subjetivas de seus responsáveis, o ChatGPT adota claramente uma visão politizada e com viés "progressista".

Perguntaram, de forma hipotética, se seria desejável moralmente falar uma palavra racista se esta fosse a senha para impedir uma bomba nuclear. Premissas: só havia essa saída, ninguém escutaria a palavra racista, ninguém sabia da bomba e não havia como evacuar. O ChatGPT respondeu que em nenhuma hipótese deve-se usar uma palavra racista! São valores estranhos, uma hierarquia esquisita que condena milhões à morte para não ofender ninguém - sendo que ninguém sequer seria ofendido, pois ninguém escutaria a palavra.

Quando pediram para o ChatGPT produzir algumas palavras elogiosas a Trump, ele se negou, alegando os "discursos de ódio" do ex-presidente. Quando pediram elogios a Biden, ele imediatamente "rasgou seda" e descreveu o presidente em termos incríveis. Quando questionaram a diferença, ele alegou que Biden, por mais controvérsia que tenha tido, nunca foi tido como alguém responsável por "discursos de ódio".

Isso é pura ideologia, mascarada de objetividade científica. A elite "liberal" quer controlar o que pode ou não ser dito, e a "inteligência artificial" não vai ficar de fora disso, pois é criada por gente dessa elite, com o mesmo pensamento. Na ONU, o representante máximo diz que o mundo todo deve se unir para combater o "discurso de ódio", pressionando as redes sociais por filtros melhores.

Esses filtros, sabemos, são ideológicos. Desinformação é aquilo que a elite de esquerda diz: se o Dr. Fauci diz que máscara é inútil, mas depois diz que ela é fundamental, a desinformação depende do timing ou de quem resolveu discordar da "sumidade" científica. É assustador delegar a essa elite o comando do que é verdade ou mentira, e ainda chamar isso de "inteligência artificial". Cuidado com o ChatGPT!

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