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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

Minha Casa, Minha Vida: juro baixo ainda é insuficiente para embalar programa na região Norte

Coluna teve acesso ao primeiro balanço do programa no governo Lula, que retomou o subsídio a famílias com renda até R$ 2,6 mil

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Por Roseann Kennedy e Augusto Tenório
Atualização:

A redução nas taxas de juros para financiar um imóvel no Minha Casa, Minha Vida, anunciada pelo presidente Lula, aumentou a assinatura de contratos do programa em todo o País. Na região Norte, porém, a vitrine do governo na área habitacional enfrenta dificuldade para ganhar tração apesar das facilidades no crédito oferecidas pelo governo petista.

O primeiro balanço do programa repaginado, acessado em primeira mão pela Coluna, mostra que a região Norte tem apenas 2% de todas as 227.286 unidades habitacionais entregues no País, neste ano. O Sudeste ficou com 48%. No recorte do faixa 1, que oferece subsídios à população de mais baixa renda, o porcentual fraco para o Norte é o mesmo, 2%,. Nesse caso, o Sudeste ficou com 30% das unidades habitacionais.

O presidente Lula em unidade do Minha Casa, Minha Vida Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

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Lula sancionou em julho o texto aprovado pelo Congresso que recriou Minha Casa, Minha Vida. Mas o novo programa já estava em funcionamento, pois foi lançado em Medida Provisória.

Na gestão de Lula, houve a recriação da faixa 1, que havia sido abandonada no programa Casa Verde e Amarela do governo Jair Bolsonaro. As unidades habitacionais financiadas em Estados de Norte e Nordeste têm juro mais facilitado em relação às de Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Ainda de acordo com o balanço, as mulheres são as donas de 86% dos imóveis entregues na faixa 1. Nessa categoria, foram entregues 10.122 unidades habitacionais, sendo 8.704 delas em nome de mulheres, registradas como as chefes das famílias. O programa recomenda o registro em nome delas.

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No total, o programa habitacional terminou de construir e entregou 227 mil unidades habitacionais somente neste ano. O Ministério informa que o número de obras que ficaram prontas no Norte foi menor que nas demais regiões porque muitas estavam paralisadas quando o atual governo assumiu.

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