Por EPTV e g1 Campinas e região


Vídeo mostra momento em que onça-parda surge durante pregação de pastor em mata de Vinhedo

Vídeo mostra momento em que onça-parda surge durante pregação de pastor em mata de Vinhedo

O pastor de 19 anos que viralizou após ser surpreendido por uma onça-parda durante pregação em uma área de mata de Vinhedo (SP) contou que ficou paralisado pelo encontro com o felino. Paulo Henrique Barreto da Silva disse saber que não adiantaria correr. Apesar do susto, o animal se afastou sem atacar o jovem.

"Naquele momento eu fiquei parado. Eu pensei assim: 'se eu andar, se eu correr, não vai adiantar'. Não tinha ninguém para me ajudar, não tinha uma saída. Atrás de mim, onde estava gravando, eram árvores e mato. Não tinha como fugir. Só estava eu e Deus ali", disse.

A atitude do pastor de não correr, na avaliação do biólogo Thomaz Barrella, foi correta. Ele orienta, no entanto, que não se deve dar as costas para o animal.

"Correr é a ultima opção. Ou você fica parado, ou se você estiver de frente para ela, você não dá as costas e se afasta lentamenta. Se estiver em mais de uma pessoa, procurar ficar próximo para parecer um animal maior", orienta.

Apesar do contato, não há relatos de ataques de onça-parda na região de Campinas.

Vídeo que bombou

🤳 A gravação foi feita no domingo (20). No vídeo completo, de cerca de 16 minutos, é possível perceber que a onça observa o homem por pelo menos cinco minutos antes de passar à direita dele.

"Jesus, tira essa onça daqui. Meu Deus, tira essa onça daqui", repete o pastor durante o vídeo.

VÍDEO: pastor é surpreendido por onça-parda durante pregação em Vinhedo

VÍDEO: pastor é surpreendido por onça-parda durante pregação em Vinhedo

A gravação foi encerrada depois que a onça passou pelo pastor. Em entrevista à EPTV, o homem afirmou que deixou o local assim que o animal se afastou.

"Depois eu fui embora, porque a Bíblia fala para não tentar o Senhor Deus", afirmou.

Pastor se assusta com onça-parda durante pregação em Vinhedo — Foto: Reprodução/Facebook

Silva contou que foi para a área de mata, conhecida como Monte das Bananeiras, e encontrou outras pessoas fazendo orações, mas optou por ficar sozinho.

"Só que a onça não tinha aparecido ainda. Aí, aproveitando que eu estava só, eu falei comigo mesmo, eu vou abrir uma 'live', um vídeo para falar da Palavra de Deus, pregar o Evangelho", afirmou.

O pastor, no entanto, optou por gravar um vídeo para depois postar no canal que mantém. Assista, abaixo, à entrevista e a reportagem do EPTV 1 desta terça sobre o caso.

Pastor flagra onça-parda durante pregação em área de mata, em Vinhedo

Pastor flagra onça-parda durante pregação em área de mata, em Vinhedo

🐱 Outra aparição

Moradores da cidade flagraram também a sussuarana na noite de sábado, correndo assustada pelo no bairro Jardim Miriam, na região conhecida como Sete Barros.

De acordo com a prefeitura, que confirmou ambas aparições, nunca houve relatos de ataques de onças a seres humanos na região.

😨O que fazer nestes casos?

Assim como fez o pastor, da Igreja Santidade e Verdade/Ministério I.S.V, as autoridades orientam que em casos de avistamento é necessário manter a calma, não forçar nenhum tipo de aproximação, assim como não perseguir ou tentar capturar o animal.

Caso haja aparições recorrentes ou potencial risco, o recomendado é entrar em conato com a Guarda Municipal ou Corpo de Bombeiros.

"A presença de onças pardas nas proximidades não deve gerar pânico. Esses animais têm um papel importante no equilíbrio do ecossistema local, ajudando a controlar as populações de presas naturais, como roedores, veados e capivaras. Ao agir com responsabilidade e respeito, podemos garantir um ambiente seguro tanto para os moradores quanto para a fauna", afirmou a prefeitura em nota.

De acordo com o biólogo Luciano Lima, a onça-parda tem ampla distribuição nas Américas e está cada vez mais comum em ambientes rurais, podendo se aproximar das cidades, inclusive na região do interior de São Paulo.

"Essas presenças são um reflexo da perda de habitat, já que as áreas naturais onde ocorriam, nesse caso a Mata Atlântica do interior de São Paulo, foi severamente reduzida, dificultando o encontro de presas, o que obriga esses animais e se deslocarem mais e eventualmente se aproximarem de áreas com maior presença humana, que naturalmente eles tendem a evitar", diz Lima.

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