O movimento sindical perdeu uma grande liderança. Faleceu domingo,
6, João Batista Inocentini, o popular João Feio, líder dos aposentados.
Às vésperas de completar 73 anos, faleceu após 15 dias internação.
Nascido em São João da Boa Vista, Interior de SP, Inocentini era de
origem metalúrgica. Foi ferramenteiro na Ford, no Ipiranga, SP, Capital. Onde
iniciou sua militância sindical na década de 70. João Batista
Inocentini deixa mulher, três filhas e quatro netos.
Sindnapi - Em 2000, fundou, ao lado de outros dirigentes, o Sindicato
Nacional dos Aposentados e Pensionistas - Sindnapi. Hoje, a entidade é
uma das maiores do mundo, com mais de meio milhão de sócios, 80 subsedes
pelo País (20 delas próprias), duas Colônias de Férias
e uma terceira em construção.
Inocentini era hábil nas negociações junto ao governo e Congresso
Nacional. Em prol das pautas trabalhistas, esteve na linha de frente da luta pela
política de aumento real ao salário mínimo, com reajuste acima
da inflação, em 2004.
Também atuou pra que, já no primeiro mandato Lula, se antecipasse de
maio pra janeiro o aumento do salário mínimo. Outra conquista relevante
é o pagamento adiantado da primeira parcela do 13º de aposentados e pensionistas.
Crítica - Inocentini era firme nas suas posições.
Em março, o Conselho Nacional da Previdência Social baixou os juros
do empréstimo consignado em 0,44%. Muitos comemoravam. Mas ele disse à
Agência Sindical: “Foi pouco”.
Centrais - Força, UGT, CSB CTB e lideranças diversas
manifestaram condolências. O presidente Lula, o vice Alckmin e ministros do
Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e o da Previdência, Carlos Lupi, destacaram
sua valorosa contribuição para o sindicalismo e os aposentados.
ASSISTA - Depoimento de Inocentini
ao Centro de Memória Sindical.
|